Fóruns Regionais do Projeto “Diálogos Indígenas na Uema: Fortalecendo a Permanência Universitária”, são realizados nos municípios de Grajaú, Barra do Corda e Santa Inês, através da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Estudantis (Proexae) da Universidade Estadual do Maranhão (Uema).
O projeto tem por objetivo fomentar espaços de discussão que possam pautar questões como a mobilização estudantil indígena, políticas de permanência e visibilidade indígena no ambiente universitário. Na ocasião foram realizadas palestras, oficinas e mesas redondas.
Segundo o estudante de direito e representante dos estudantes indígenas de Grajaú, Antalylson de Sousa Gavião Guajajara, “Foi um privilégio participar dessa escuta, compartilhar nossas vivências e trocar experiências com outros estudantes indígenas. Essa troca é fundamental para a construção de uma identidade indígena universitária, que respeita e valoriza as tradições ancestrais, ao mesmo tempo em que busca o conhecimento científico como ferramenta de luta e resistência. Os diálogos também têm servido como um espaço de acolhimento, onde os estudantes podem expressar suas dificuldades e encontrar apoio, tanto entre seus pares quanto junto ao corpo docente. Isso é vital para a permanência desses estudantes na universidade, pois cria uma rede de suporte que os ajuda a enfrentar os desafios cotidianos da vida acadêmica, que muitas vezes incluem o preconceito, a discriminação e a dificuldade de adaptação ao ambiente universitário”.
O primeiro encontro aconteceu em São Luís no Campus Paulo VI, no dia 07 de junho. O segundo Fórum ocorreu no dia 30 de julho no município de Grajaú, na Academia de Letras. No dia 31 de julho, o terceiro Fórum aconteceu na cidade de Barra do Corda, no Campus da Uema. Por fim o quarto Fórum Regional foi realizado na cidade de Santa Inês no dia 8 de agosto.
Para a representante dos estudantes indígenas de Santa Inês, Brenda Guajajara Viana, acadêmica do curso de Pedagogia. “Esse projeto é muito importante, pois tem por objetivo a nossa permanência dentro da universidade, então nessa perspectiva a nossa participação no projeto é fundamental. Participar desse processo de diálogo junto às pessoas responsáveis, reitores, Proexae, PIPOU é muito significativo para nós. Buscar políticas de ações afirmativas através desse diálogo com a Uema e envolver outros estudantes indígenas ainda torna mais significativo essa construção. A nossa expectativa é que através desse projeto, além de contribuir para nossa formação, nos fortaleça enquanto organização estudantil indígena, e dê visibilidade ao nosso protagonismo dentro da universidade”.
A concretização do Projeto se dará no Fórum Estadual, a ser realizado em São Luís no mês de novembro, cuja programação envolverá dentre outras atividades, a organização de Grupos de Trabalhos para a elaboração de um documento propositivo, resultante das discussões e encaminhamentos preconizados nos fóruns locais.